Lembro-me perfeitamente dos seus olhos cintilando para mim junto com o sol na janela ao nosso lado. Não era a toa que preferíamos este lugar.
Uma vez você me disse que para acreditar em algo, precisa ser primeiramente um grande sonhador de nossos próprios contos. E se os contos acabarem? E se eu não conseguir mais sonhar? Queria que estivesse aqui para me responder.
Certo dia me perguntaram o que lhe diria se eu o encontrasse outra vez, bem, diria que não foste apenas um irmão, mas sim um grande aconselhador e que sinto saudades, muita saudades.
Sua irmã, Lilan.
Foi o que eu acabara de escrever na última página do meu velho diário.
O que acontecera com meu irmão? Fora atropelado por um homem embriagado enquanto atravessava na faixa de pedestre. Se o homem bêbado morreu? Não. Mas sabe, como dizia meu irmão: onde houver injustiça haverá punição e o tempo se encarregará disso.
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